As
Relações Familiares na Sociedade Pós-Moderna
Muito
tem se falado sobre a família e nas mudanças que ocorreram com o passar dos
anos nessa instituição social, entre essas mudanças, podemos notar a inversão
dos papéis feminino e masculino na sociedade, a inserção das novas tecnologias,
um novo modo de vida cada vez mais voltado para o consumo e para o
individualismo, tudo isso contribuindo para a nova formação estrutural.
A tendência é pensar na extinção da família,
porém em seu artigo Novos tempos, novas famílias?
Da modernidade à pós-modernidade a psicóloga Helena Centeno Hintz nos diz:
“A
instituição familiar tem passado por várias modificações decorrentes de mudanças
havidas no seu contexto sócio-cultural e por ser uma instituição flexível, ela
tem se adaptado às mais diversas formas de influências, tanto sociais e
culturais como psicológicas e biológicas, em diferentes épocas e lugares. Ao
considerarmos a evolução família no tempo, devemos considerar aspectos. tais
como: demografia, vida privada, papéis familiares, relações estado-família, lugar,
parentesco, transmissão de bens, ciclo vital da família e rituais de passagem. Seja
de que forma for ampliada ou nuclear, elementar ou complexa, a família foi e
seguirá sendo família. sempre que forem preservadas suas funções: vínculo
matrimonial com o objetivo da satisfação sexual e a educação dos filhos. Assim
continua sendo o lugar de proteção, de socialização e de estabelecimento de vínculos.”
Com todas essas mudanças percebemos que as
relações familiares não são as mesmas, uma vez que na pós-modernidade assim
como em outras eras, faz-se necessário a criação de um novo perfil de homem,
que passa a ser cheio de incertezas, de dúvidas, onde nada o satisfaz por
completo , não há referências de comportamento, possui total liberdade, portanto não há necessidade de manter relações
a longo prazo. Nessa nova sociedade, até mesmo a relação pai e filho sofreu
bruscas alterações, no livro A Arte de
Reduzir as Cabeças Dany-Robert Dufour fala sobre a negação geracional onde os
adultos negam sua responsabilidade sobre os filhos.
Não podemos pensar no fim da família, mas
analisar as mudanças que ocorreram em sua estrutura em função de uma nova
sociedade, quem sabe assim, saberemos o rumo que nossa humanidade seguirá.
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